O batismo e a circincisão

A circuncisão era um sinal exterior, um sinal da carne, posto em todos os descendentes masculinos de Abraão, a fim de ficar como memorial da Aliança que Jeová assim estabeleceu com Seu povo. Vede sobre Circuncisão e Pureza Cerimonial



De um modo geral, o batismo em água, está relacionado com a circuncisão dos judeus, mas, ao compararmos os seus pormenores, é possível notar o contraste que existe entre ambos; veja alguns abaixo:



1. A circuncisão era um rito observado somente pelos “homens”. Enquanto, que a circuncisão era um rito observado somente pelos homens (Gên 17.9-13), o batismo em água assume um caráter diferente, ele é extensivo e, abrange tanto os ‘homens’ como também as ‘mulheres’. Para se cumprir a ordem de Cristo, como símbolo da incorporação no Corpo de Cristo, tanto os homens quanto as mulheres, precisam ser batizados nas águas (Atos 8.12).



2. A circuncisão era administrada a partir do “oitavo dia” do nascimento do menino. Todo o menino hebreu era circuncidado ao oitavo dia do nascimento (Gên 17.12; Lev 12.3), ao passo que, para a Igreja de Jesus Cristo, o batismo em água não pode ser administrado a um infante, de modo algum. Agora, se tiver a idade de 12 anos ou mais, pode sim ser batizado, contudo, que se obedeça aos requisitos descritos abaixo:



3. A circuncisão não exigia “fé” daqueles que se submetiam a este rito. A circuncisão não exigia “fé” do indivíduo (veja acima). Assim os estrangeiros que quisessem participar das bênçãos do concerto entre Jeová e os israelitas, era preciso somente ser circuncidados, sem precisamente a exigência da fé (Gên 17.12,13; Êx 12.43-48). Diferentemente da circuncisão, o batismo em água, somente deve ser administrado a indivíduos convertidos a Cristo, que tenham realmente se convertidos, arrependidos de seus pecados (Atos 2.38). Além disso, o batismo requer «fé» da pessoa convertida, daquelas que assumiram o compromisso de fidelidade e, obediência aos mandamentos do Senhor Jesus e, outrossim, o batismo só pode ser administrado àquele que sabe bem o que faz ou deve fazer (Marc 1.15; João 3.18; Atos 2.38; 8.22; 16.30-33; 26.18; Rom 10.19 etc.). Portanto, batizar infantes, ou qualquer um que esteja inconsciente dos seus deveres para com Jesus Cristo e para com a Sua Palavra, é uma atitude antibíblica (Atos 2.38; 8.12; 9.19 etc.).



A circuncisão era tão fundamental e de grande importância para os judeus, que aquele que não fosse circuncidado era «eliminado do seu povo», fora do concerto e de todos os seus benefícios (Gên 17.14). Ser «...eliminado [extirpado] do seu povo», não significa tão somente ser «expulso», mas também, na maioria dos casos, isto significava a morte do tal transgressor, como juízo por haver ignorado e desprezado a Aliança de Jeová; «...quebrou a minha Aliança». Para o verdadeiro cristão, o batismo em água é tão importante e fundamental para a sua vida, que recusá-lo, ignorá-lo e fazer pouco caso dele, é o mesmo que desprezar o Santo Sacrifício de Jesus Cristo, ficando assim, fora da Nova Aliança (Lucas 22.20). O Batismo em Água é um dos “pilares” do cristianismo, por isso já dissemos que é praticamente impossível a idéia de um convertido não batizado no N.T., isto porque os primeiros cristãos levavam a sério à ordem de Cristo, concernente ao batismo e urgência de se identificar com o novo movimento, o cristianismo. Muitos argumentam que se o batismo em água fosse tão necessário e importante para a Igreja de Cristo, então, o malfeitor arrependido na cruz, teria que ser batizado para que assim fosse salvo por Cristo (Luc 22.40-43). Este é um assunto de fácil explicação e, não há nenhuma justificativa para tal argumento. O Batismo cristão realizado «em nome de Jesus Cristo», começou a ser praticado somente a partir de Pentecostes (Atos 2.38), até então, o batismo praticado era o de João Batista, sendo assim, o malfeitor salvo, pertence ao mesmo grupo de João Batista. O Batismo Cristão somente entrou em vigor, depois da morte e ressurreição de Jesus Cristo, pois ele simboliza estes acontecimentos (Rom 6.3-11). Foi após a descida do Espírito Santo em Pentecostes que o Cristianismo começou a se despontar como uma religião distinta do judaísmo, e daí sim, surgiu a necessidade de se fazer o batismo cristão (Atos 2.38).

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