Diante da cruz

É impressionante o número de argumentos que as pessoas usam para evitar se entregarem ao Cristo, nosso Senhor e salvador. Os filósofos mergulham em profundos raciocínios; os espiritualistas com suas teorias sobre a justiça das coisas; evangélicos com ofertas, dízimos e desafios; católicos, como se fosse os únicos escolhidos, missas, procissões; enfim, muitos dizem participar dos interesses do SENHOR, enquanto seguem por obscuros caminhos, se distanciando Dele cada vez mais. Paulo, quando escreve a primeira carta aos Coríntios (Cap.2 vers. 2), afirma que ao ter ido visitá-los, o teria feito não com palavras sublimes, muito menos de sabedoria, mas que o teria feito, para dar testemunho de Deus e ensinar a Jesus Cristo, e este, crucificado. Talvez, se procurássemos entender o que o apóstolo queria dizer com a figura do Senhor colocado na cruz, deixaríamos de beber leite nas igrejas, para tratarmos do que em verdade nos interessa; que é nos credenciarmos para ser testemunhas de Deus e vivermos na esperança da eternidade. É preciso deixar de resistir ao Senhor, como se fez em todos os tempos. É necessário ter a coragem de subirmos ao monte da crucificação, nos colocar diante do Cristo e olhar atentamente para Ele, ainda com os cravos nas mãos e nos pés, vertendo seu sangue, para expiação dos nossos pecados. Diante do mistério da cruz, todos os argumentos se calam, obras são pulverizadas, rituais são feitos em nada. Não há coisa tão sublime, como o sacrifício libertador; derradeira oferta, realizada de tal maneira que por ela fossem feitos livres, todos os que tivessem fé. Você meu irmão e irmã imaginem-se diante da cruz do Salvador, como se pudesse fazer uma viagem pelo tempo, à época em que Ele viveu. Subam ao monte para ver o Senhor crucificado. Não importam as tuas ofertas, os teus dízimos, as muitas virtudes, o saber, todas as tuas coisas, qualquer detalhe que ache importante. Se quiser levar algo contigo, faça-o; mas serás envergonhado ao se deparar com a cruz. Diante do crucificado, nada terá importância, tenha a certeza. Agora, no cenário da cruz, olhe diretamente para Jesus, para o sangue que se derrama pelos pecadores. Veja o Cordeiro de Deus, morto por tua causa, para a salvação de todos nós. O que diríamos diante Dele? Qual argumento, nós apresentaríamos? Qual doutrina? Que oferta colocaríamos aos seus pés? O que pensamos ou achamos, têm alguma importância nesse momento? Nada disso importa, irmãos. É preciso que todas as coisas que conhecíamos antes desse encontro com a cruz morram com o homem velho; pereçam com o perecer de Cristo. Na vida que deixamos para trás, não há nada que tenha valor diante do sacrifício de Jesus. Temos de nos ajoelhar diante desse Senhor crucificado e ofertar a Ele a nossa miserável vida, dizendo que estamos arrependidos por tudo o que até ali fizemos, pois nossas obras, sejam quais forem, estavam destituídas da glória dessa morte libertadora. Se espiritualmente não morrermos diante Dele, impossível será haver ressurreição e por conseqüência, não haverá vida, nem amor, nem paz, ou sadia convivência de uns para com outros. Oremos: "Jesus, amigo eterno. Entrego a ti a minha vida, para que a partir de agora, eu não mais sirva ao pecado, mas viva para servir ao Espírito do nosso Deus. Ajuda-me, Senhor; perdoa-me Senhor, pelas minhas maldades e por tudo o que em mim foi feito antes de Te conhecer. Concede-me a oportunidade de nascer para uma nova vida. Faça de mim como quiseres; Filho de Deus. Em ti confio com todas as forças do meu coração". O ponto de partida é Cristo. A dificuldade é que partimos da escuridão, tentando construir a vida, por isso, tantos enganos, dores e ranger de dentes. Temos que partir da Luz e a luz é Jesus. Por isso, o primeiro passo deve ser o do arrependimento sincero; é o vestir saco e cinza. Nunca argumente a favor da tua alma, pois não há justificativas. Quem se justifica, resiste a Deus. Abra o teu coração e receba o Salvador com alegria. Disse o apóstolo: "A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus". O poder de perdoar e de conceder a vida pertence a Deus e está a partir da cruz, entranhada no seu Filho Jesus. O Espírito Santo é o veículo dessa comunhão, da comunicação do poder que transforma e concede vida e eternidade. Glória ao Santíssimo, por ter nos enviado o Senhor, esta bênção em forma de salvação. Esperança, paz, alegria e ânimo para todos os crentes. Ele vive e voltará. "Texto: A Palavra de Deus"

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